06/02/2020
Mais de 4700 substâncias tóxicas são jogadas no ar pela fumaça do cigarro, entre elas, 70 cancerígenas. Os prejuízos à saúde envolvem tanto os fumantes quanto os chamados fumantes passivos, que apenas inalam a fumaça que sai da ponta do cigarro. O fumante passivo chega a consumir o equivalente a quatro cigarros por dia e tem um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão do que alguém não exposto à fumaça. Saiba os riscos do fumo passivo para a saúde e como minimizar o impacto da fumaça do cigarro no seu dia-a-dia.
O fumante passivo inala uma combinação de dois tipos de fumaça: a principal, exalada pela pessoa que está fumando, e a secundária, emitida pela ponta final de um cigarro acesso. Essa última contém em média três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas.
O fumo passivo é responsável por até 40 mil mortes por ano e causa danos na saúde de toda a população, independente da faixa etária:
Bebês e recém-nascidos - quando a mãe fuma na gravidez, o bebê é exposto à fumaça no útero e tem um aumento nos níveis de monóxido de carbono no sangue. Além disso, recebe menos oxigênio. Os riscos são:
Parto prematuro;
Morte fetal;
Aborto espontâneo;
Morte súbita infantil (risco aumentado em duas vezes);
Baixo peso.
Crianças - cerca de 24% das crianças de zero a cinco anos que chegam ao pronto-socorro com problemas respiratórios apresentam cotinina, uma substância derivada da nicotina, na urina. Por ter as vias aéreas menores, crianças são mais suscetíveis ao fumo passivo do que os adultos. Os riscos são:
Infecções de ouvido repetitivas. O risco aumenta 21% se o pai for fumante, 38% a mãe e 48% caso ambos tenham o vício;
Resfriados constantes;
Bronquite, com risco aumentado em 72% se a mãe fuma e 29% se outro membro da família faz o uso;
Crises de asma, que podem aumentar em 14% se o pai fumar, 38% a mãe, e 48% os dois;
Pneumonia;
Rinite aguda;
Aumento das chances da criança se tornar fumante no futuro.
Adultos - a curto prazo, o fumante passivo apresenta irritação nos olhos, tosse e sintomas de alergia respiratória. A médio e longo prazo, corre o risco de desenvolver as mesmas complicações que o fumante de fato, principalmente quando são submetidos a fumaça em locais fechados. Os riscos são:
30% mais chances de desenvolver câncer de pulmão;
25% mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares;
Câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero;
Enfisema pulmonar;
Bronquite crônica.
Outras formas de consumo de tabaco, como charutos, cachimbos e narguilés, são até mais nocivas do que próprio cigarro, pois não possuem filtro. Fumar narguilé por uma hora, por exemplo, equivale a cerca de 100 cigarros.
Algumas práticas podem ajudar a diminuir a exposição à fumaça do cigarro:
Adote uma política de casa sem cigarro e peça para que moradores e visitas fumem apenas do lado de fora, longe de janelas ou portas abertas;
Remova todos os cinzeiros de sua casa;
Encoraje seus familiares próximos fumantes que abandonem o hábito;
Participe ou sugira que seu familiar participe de um grupo de apoio para parar de fumar;
Não frequente lugares onde as pessoas estejam fumando;
Se você estiver em uma área aberta, como rua ou parque, fique em uma área onde não haja fumantes por perto.
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/causas-e-prevencao-do-cancer/tabagismo/tabagismo-passivo - acessado em 20/01/2020
https://www.sbmfc.org.br/noticias/dia-mundial-sem-tabaco-fumante-passivo-tambem-corre-risco-de-doencas-derivadas-do-cigarro/ - acessado em 20/01/2020
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/riscos-do-fumo-passivo-a-saude-/12325/448/ - acessado em 20/01/2020
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