03/06/2019
A adesão ao tratamento se dá quando o comportamento do paciente coincide com as orientações para controlar ou curar a sua doença. Mas nem sempre isso acontece. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), menos de 60% dos pacientes com diabetes e menos de 40% dos pacientes hipertensos seguem as prescrições, por exemplo.
A questão é complexa, pois não se trata somente de seguir o que foi indicado pelo médico. A adesão ao tratamento engloba fatores socioeconômicos, questões relacionadas com o tratamento, com o paciente – sua compreensão sobre os benefícios, aceitação de uma eventual mudança no seu estilo de vida etc. -, a própria doença e até, eventualmente, aspectos referentes ao sistema de saúde.
Mas, seja qual for o motivo ou o conjunto de circunstâncias que podem levar uma pessoa a interromper o seu tratamento antes do término, a terapia prescrita deve ser seguida rigorosamente.
Pois, do contrário, há o risco do problema de saúde não ter sido solucionado, apesar de, em alguns casos, haver uma aparente melhora. Nos casos de tratamentos antiinfecciosos, por exemplo, diversos agentes infecciosos podem adquirir resistência a eles se houver interrupção, o que dificultará estabelecer um novo tratamento.
E os riscos podem não ser apenas para si próprio, mas, em alguns casos, também para as pessoas com quem o paciente possa ter contato. Um exemplo disso é a tuberculose. O principal problema de saúde pública enfrentado no seu tratamento é exatamente a interrupção dos medicamentos antes do prazo previsto.
No intervalo entre o segundo e o sexto mês, o paciente acha que está curado por não apresentar mais os sintoma e não toma mais os remédios. Mas a medicação deve ser mantida por seis meses para evitar que os organismos que causam a infecção fiquem resistentes a ela. Do contrário, os remédios indicados deixam de ser eficientes para o paciente e também para a população por ele infectada.
No caso de doenças crônicas, apenas cerca de metade dos pacientes toma a medicação corretamente em 80% do tempo. E a adesão diminui na medida em que o número de medicamentos, de doses e do tempo do tratamento aumenta, bem como se há interferência nas atividades, no estilo de vida e nos hábitos alimentares, se existem efeitos colaterais, se o paciente vê a sua doença de uma forma pessimista e, até, se a interação com o profissional de saúde é deficiente.
Os riscos de interromper o tratamento sem supervisão médica são grandes. A hipertensão arterial, por exemplo, ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper. A hipertensão é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
Já no diabetes, podem acontecer inúmeras complicações: lesões na retina com perda da acuidade visual, endurecimento e espessamento das paredes das artérias, redução progressiva da função dos rins, o conhecido “pé diabético”, com desenvolvimento de úlceras que podem complicar e levar à amputação do membro, infarto do miocárdio, AVC, infecções e hipertensão.
Por isso, seja qual for o seu problema de saúde, é importante esclarecer todas as dúvidas com o médico, tais como entender quais os riscos/benefícios do tratamento, como ele pode afetar os hábitos diários e em quais situações o uso pode ser interrompido.
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https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/42682/9241545992.pdf - acessado em 26/07/2022
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/tuberculose/ - acessado em 17/06/2019
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/15conceitos_rec_basicas.pdf - acessado em 17/06/2019
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes - acessado em 17/06/2019
PP-PFE-BRA-1908