25/07/2019
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo. A ansiedade acomete mais de 18 milhões de brasileiros, cerca de quase 10% da população, e causa um sentimento indefinido e desagradável de medo e apreensão devido a um perigo desconhecido. Quando é exagerada, torna-se um problema patológico, que pode prejudicar bastante a qualidade de vida. Identificar os sinais da ansiedade é o primeiro passo para enfrentá-la. Continue a leitura para saber como fazer isto.
Ansiedade é um mecanismo do nosso cérebro que serve para nos alertar em situações adversas e desconhecidas, em que precisamos nos proteger. É uma reação normal em determinadas situações, porque nos estimula a entrar em ação, mas que pode ter efeito contrário e paralisar uma pessoa se tiver maior intensidade e duração do que o esperado para aquela ocasião. Nestes casos, ela torna-se patológica e precisa ser tratada.
A ansiedade passa a ser patológica quando começa a prejudicar o dia a dia, causando transtornos físicos e emocionais e interferindo na qualidade de vida do indivíduo, que não consegue controlá-la. Os sintomas podem começar desde criança e persistirem até a fase adulta, sendo os mais frequentes:
Tontura;
Tremores;
Inquietação;
Suor em excesso;
Falta de ar;
Tensões musculares;
Insônia;
Sensação de fraqueza ou cansaço;
Irritabilidade e mudanças de humor;
Problemas gastrointestinais;
Palpitações e desmaios.
Os tipos mais comuns de distúrbios de ansiedade são:
Fobias específicas - medo excessivo de um objeto ou situação, que começa a atrapalhar a vida da pessoa, que tenta evitá-lo em qualquer circunstância. Alguns exemplos são: medo de voar, de altura, de animais, de tomar uma injeção ou ver sangue.
Transtorno obsessivo compulsivo - quando o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, por sofrer de comportamentos que parecem absurdos ou ridículos para si mesmo e/ou para as pessoas à sua volta, mas servem de alívio para que a pessoa afaste pensamentos desagradáveis, que são incontroláveis.
Ataques de pânico - Quando há sentimento de medo por algo desconhecido e se tem crises de pânico por curtos períodos de tempo repetidas vezes.
Transtornos de estresse pós-traumático - acontece quando a pessoa vivencia um trauma, geralmente que ataca sua integridade física ou mental, e começa a reviver a situação em pensamentos, evitar situações que lembrem o fato e medo de que a situação se repita.
Ansiedade generalizada - quando há preocupação excessiva em várias situações, até mesmo cotidianas, e a pessoa está comumente tensa e irritada.
Fobia Social - quando a pessoa não consegue ficar exposta à avaliação dos outros, e tem medo de ser rejeitado ou humilhado pelo círculo social em que vive, sentindo desconforto em fazer atividades simples como comer, falar e escrever em público.
Quando a ansiedade passa a ser patológica, é essencial marcar uma consulta com um médico psiquiatra. Após uma avalição e estudo do caso, o médico irá definir qual método de tratamento é o mais indicado para cada caso. Os tratamentos dividem-se em três tipos:
Acompanhamento terapêutico – com um psicólogo ou terapeuta;
Uso de medicamentos receitados e controlados;
A combinação dos dois fatores acima: medicamento e terapia.
Tenha um hobby e dedique-se a ele uma vez por semana - jardinagem, trabalho voluntário, artesanato ou um pet. Qualquer atividade que não seja o trabalho e que você goste.
Faça exercícios físicos diariamente - não precisa ser em uma academia, você pode fazer caminhadas ou corridas em seu bairro, pular corda, andar de bicicleta ou praticar yoga.
Respire e inspire profundamente - sempre que você sentir que uma crise de ansiedade está para começar, pare e respire. A meditação também é uma forma de se reduzir a ansiedade e aumentar a sensação de alegria.
Esteja com pessoas que te fazem bem - Não fique pensando exageradamente sobre os compromissos que irão ocorrer no dia. Esteja próximo de pessoas que você ama e converse com elas para relaxar um pouco.
Sono e alimentação - Evite as distrações na hora de dormir e tenha uma noite de sono tranquila para descanso do corpo, cuidando também da alimentação, ao tentar não descontar a ansiedade na comida.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600006 - acessado em 14/04/2022
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/254610/1/WHO-MSD-MER-2017.2-eng.pdf?ua=1 – acessado em 14/04/2022
https://bvsms.saude.gov.br/ansiedade/ – acessado em 14/04/2022
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/anxiety/symptoms-causes/syc-20350961 – acessado em 14/04/2022
https://ebramec.edu.br/wp-content/uploads/2019/02/TRANSTORNOS-DE-ANSIEDADE.pdf – acessado em 14/04/2022
https://www.ufrgs.br/saudemental/ansiedade/ – acessado em 14/04/2022
https://www.sbie.com.br/blog/5-dicas-de-como-controlar-a-ansiedade/#:~:text=Uma%20boa%20noite%20de%20sono%20%C3%A9%20essencial%20para,celular%29%20do%20seu%20quarto.%20Cuidado%20com%20a%20alimenta%C3%A7%C3%A3o – acessado em 14/04/2022
https://www.sbie.com.br/blog/dicas-para-controlar-a-ansiedade-e-viver-mais-tranquilamente/ – acessado em 14/04/2022
https://exame.com/ciencia/brasil-e-o-pais-mais-ansioso-do-mundo-segundo-a-oms/?msclkid=1e77e1bbc00411ec9cf8eee70f38e6fc - acessado em 14/04/2022
PP-UNP-BRA-0152