03/08/2020
A vacinação é um dos métodos mais seguros para prevenir contra doenças infecciosas. No entanto, o baixo número de pessoas vacinadas nas últimas campanhas traz o alerta de que a cobertura vacinal não está sendo suficiente. Surge, então, o receio de que doenças contagiosas já eliminadas voltem a circular, como aconteceu recentemente com o sarampo. Veja o papel da vacinação na saúde pública de um país.
As vacinas são uma forma muito enfraquecida ou totalmente inativa do agente que causa a doença. Ao serem introduzidas no organismo humano, estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos contra aquele tipo de invasor, o que cria células de memória no corpo. Em um futuro, caso a pessoa tenha contato com aquela doença contagiosa, o organismo irá reagir rapidamente combatendo o agente infeccioso e sem adoecer.
A vacinação, quando feita como indicam as instituições de saúde, é um método que garante proteção para cerca de 90% a 100% das pessoas.
O uso de vacinas tem como objetivo principal a prevenção de doenças, ou seja, elas permitem que o sistema imunológico da pessoa vacinada produza anticorpos àquela enfermidade e esteja preparado para combater o agente infeccioso sem precisar ser contaminado para gerar essa defesa. Essa estratégia diminui o risco de adoecimento e de complicações a doenças muitas vezes fatais.
Quando a população se conscientiza por meio das campanhas de vacinação e segue as orientações dos órgãos de saúde tomando a vacina indicada, cria-se uma porcentagem de pessoas imunes àquela doença. Isso significa que, além desses indivíduos não sofrerem com os males que a infecção causa, eles também não poderão transmitir a doença para outras pessoas – diminuindo a transmissão em cidades, estados, países e, finalmente, pelo mundo.
É dessa forma que doenças, antigamente muito agressivas, hoje podem ser consideradas erradicadas. Com o avanço da ciência e o desenvolvimento de novas vacinas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2 a 3 milhões de mortes são evitadas a cada ano pela vacinação.
No Brasil, a vacinação é uma estratégia de saúde pública bastante forte. No entanto, tem aumentado o número de pessoas que optam por não tomar vacinas, o que assusta infectologistas e cria o receio de que algumas doenças já controladas voltem a aparecer. Veja alguns exemplos de doenças já erradicadas no país e outras que sofrem ameaças de volta.
A varíola é uma doença erradicada mundialmente pelo uso da vacina. O último caso registrado ocorreu em 1977.
A poliomielite, conhecida também como paralisia infantil, segue esse mesmo caminho: no continente americano, não são registrados casos desde 1991. No entanto, ainda existem casos da doença em outros lugares do mundo, o que torna as campanhas de vacinação no Brasil ainda necessárias, uma vez que o vírus da doença pode ser trazido por pessoas vindas desses locais.
O sarampo foi considerado eliminado do Brasil em 2016, pela OMS, mas voltou a ter casos confirmados no país em 2018, pela falta de vacinação.
Não deixe que doenças já erradicadas no país voltem. Vacine-se.
https://familia.sbim.org.br/vacinas - acessado em 03/07/2020
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cart_vac.pdf - acessado em 03/07/2020
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/importancia-da-vacinacao.aspx - acessado em 03/07/2020
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/perguntas-frequentes/perguntas-frequentes-vacinas-menu-topo - acessado em 03/07/2020
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