18/03/2022
A candidíase é uma das doenças que mais afetam a saúde das mulheres --pelo menos três a cada quatro delas, em algum momento da vida, vão ter o problema.
Trata-se de uma infecção causada por um fungo chamado Candida. Essa levedura normalmente vive dentro do corpo, em lugares como boca, garganta, intestino e vagina, sem causar problemas. Entretanto, se o ambiente em que esse fungo vive mudar de uma forma que estimule seu crescimento, a Candida pode se multiplicar e causar uma infecção –chamada candidíase.
No caso da candidíase vaginal, quando a multiplicação anormal do fungo ocorre nas regiões da vulga e da vagina, a doença causa coceira, inchaço, inflamação vulvar e vaginal, além de uma secreção esbranquiçada e densa, podendo ser bem incômoda.
Com o verão chegando, os riscos de desenvolver o problema aumentam, uma vez que o fungo gosta de ambientes úmidos e quentes. O calor causa a alteração do ph na vagina e a redução dos bacilos de defesa da flora de proteção, facilitando a proliferação da doença. Para diminuir os riscos de candidíase, alguns cuidados com a higiene pessoal devem ser redobrados nesta época do ano. Veja a seguir seis dicas para se prevenir da doença.
Não fique muito tempo com biquíni molhado - no verão, é normal passar o dia todo com as roupas de banho, como biquínis e maiôs, molhadas. Quando chegar em casa, é importante tirar essas peças e colocar uma calcinha de algodão. O fungo gosta de ambientes úmidos e quentes, e ficar horas com o biquíni molhado pode favorecer seu crescimento e, consequentemente, aumentar o risco de candidíase.
Ao fazer esportes, troque de roupa assim que acabar o treino – o suor também deixa as roupas molhadas, criando um ambiente propício para a Candida se multiplicar. Peças úmidas de suor que ficam em contato direto com o corpo, como roupas íntimas, devem ser trocadas todos os dias ou após os exercícios físicos. Certifique-se de colocar roupas limpas toda vez que for para a academia ou sair para se exercitar.
Evite roupas muito justas - peças justas, como shorts jeans ou calcinhas e biquínis muito apertados, abafam a região íntima e podem promover o desequilíbrio da flora genital natural, aumentando os riscos de candidíase. Prefira roupas leves e confortáveis, principalmente em dias quentes.
Cuide da sua imunidade - no verão, especialmente em praias e piscinas, é comum comer mais salgadinhos, frituras, refrigerantes e consumir mais bebida alcoólica. Além disso, como é um período em que muitas pessoas entram de férias, os exercícios físicos podem ficar de lado. Mas saiba que cuidar do seu corpo com uma dieta bem balanceada, fazer exercícios, combater o estresse e descansar o suficiente ajudará a promover um sistema imunológico saudável que pode manter os fungos sob controle.
Seque suas roupas em locais arejados - a umidade é praticamente uma vilã quando o assunto é candidíase. Por isso, ao higienizar suas roupas, deixe-as secando em locais ventilados, para garantir que estarão bem secas na próxima vez que for usá-las.
Mantenha-se limpa e seca - além de ter cuidado com suas peças de roupas, boas práticas de higiene pessoal podem ajudar a manter o fungo sob controle. Lave o corpo regularmente e seque-se bem antes de vestir roupas limpas e secas.
Entre os principais sintomas de candidíase vaginal, estão:
Ardor e coceira na região vaginal;
Corrimento denso e com aparência esbranquiçada;
Dor e vermelhidão nos genitais;
Dor durante relações sexuais.
Outros tipos de candidíase se manifestam de forma diversa. A candidíase oral, por exemplo, pode provocar pequenas aftas e rachaduras no canto da boca, sendo que é necessária uma avaliação mais detalhada do médico para determinar o diagnóstico correto.
As mulheres frequentemente fazem seu “próprio diagnóstico”, entretanto, mais da metade delas erram. Isso porque a candidíase vaginal pode ser confundida com outras condições como dermatites, reações alérgicas, líquen escleroso, herpes genital, vaginose, entre outras. Portanto, procurar um profissional de saúde para realizar o diagnóstico laboratorial é importante.
Os médicos geralmente diagnosticam a candidíase vaginal ao coletar uma pequena amostra do corrimento vaginal para ser examinada ao microscópio no consultório médico ou enviada a um laboratório para uma cultura de fungos.
Na maioria dos casos, é necessário o uso de medicação oral associada a um creme vaginal antifúngico. Se a candidíase vaginal é uma condição recorrente, ou seja, que acontece diversas vezes em um determinado período, é necessário realizar exames complementares que determinam o tipo de Candida que está afetando a paciente. Assim, é possível determinar a medicação correta para trata-la.
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/candidiase - acessado em 11/03/2021
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/releases/verao-amplia-as-chances-do-aparecimento-da-candidiase/ - acessado em 11/03/2021
https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manual_de_Patologia_do_Trato_Genital_Inferior/Manual-PTGI-Cap-06-Vulvovaginites.pdf - acessado em 11/03/2021
https://www.health.qld.gov.au/news-events/news/summer-fungus-tinea-thrush - acessado em 11/03/2021
https://www.cdc.gov/fungal/diseases/candidiasis/genital/index.html - acessado em 11/03/2021
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/yeast-infection/symptoms-causes/syc-20378999 - acessado em 11/03/2021
PP-UNP-BRA-0106