15/01/2020
Quando nosso corpo se depara com uma infecção, ele gera uma resposta inflamatória que pode levar a uma série de complicações. Essa é a chamada sepse, conhecida popularmente como infecção generalizada. A sepse é a maior causa de morte nas UTIs, chegando a 65% dos casos, no Brasil. Entenda como essa doença se desenvolve e quais as formas de prevenção e diagnóstico.
O corpo humano está sempre se defendendo de agentes externos que podem causar algum dano, como toxinas, bactérias, fungos e vírus. Toda agressão ao organismo provoca uma reação, mas na maioria das vezes, e em condições normais de saúde, é possível se defender desses agentes sem sentir nenhum efeito.
Quando a infecção é muito grave, geralmente causada por bactérias e vírus, o corpo lança mecanismos de defesa que prejudicam as funções vitais. A sepse é essa resposta do organismo e faz com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos. Os focos de infecção mais comuns são:
Pulmões;
Abdômen (apendicite, diarreia infecciosa, infecções no pâncreas e fígado, peritonite);
Infecções urinárias e renais;
Pele (feridas, erisipela, aberturas para introduzir sondas e cateteres);
Meningite.
Quanto mais tempo levar o diagnóstico, maiores as chances de a sepse levar à morte. O médico avalia o quadro clínico da pessoa e faz exames de cultura de urina, secreções e sangue para investigar de onde vem a infecção. É importante ficar atento aos sinais e sintomas da sepse para procurar ajuda o quanto antes:
- Queda da pressão arterial;
-Temperatura acima de 38ºC ou abaixo de 36ºC;
- Diminuição do volume de urina;
- Falta de ar;
- Aumento da frequência cardíaca;
- Sonolência, confusão mental e/ou agitação;
- Fraqueza extrema;
- Vômito.
A sepse é a maior causa de morte nas UTIs e os grupos que estão mais expostos aos riscos de mortalidade em decorrência da doença são:
- Pessoas que já estão internadas em UTIs ou hospitalizadas por muito tempo;
- Idosos;
- Crianças até um ano de idade;
- Pessoas com doenças crônicas, como AIDS, diabetes, câncer, insuficiência hepática, cardíaca e/ou renal;
- Transplantados;
- Pessoas com grandes feridas causadas por trauma ou queimadura.
Devido à gravidade, a sepse deve ser tratada ao mesmo tempo em que é feita a investigação da infecção. Algumas vezes, os exames não ficam prontos rápido ou não trazem resultados conclusivos, mas o tratamento não pode esperar. Os medicamentos usados são antibióticos e, em casos mais graves e com risco de falência de órgãos, o paciente é tratado na UTI e pode precisar de medicação para manter os níveis da pressão arterial.
As infecções que podem causar a sepse não são adquiridas só em hospitais, portanto os cuidados devem ser mantidos em qualquer situação:
- Lavar as mãos e punhos com sabão ou álcool ao chegar da rua, visitar pessoas doentes ou hospitais;
- Manter a caderneta de vacinação em dia;
- Não se medicar por conta própria, principalmente antibióticos. As bactérias de seu organismo podem adquirir resistência a eles e não haver melhora do quadro em casos de necessidade.
https://ilas.org.br/o-que-e-sepse.php - acessado em 13/01/2020
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/sepse-hemodinamica - acessado em 13/01/2020
https://hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/sepse-requer-diagnostico-tratamento-precoce.aspx - acessado em 13/01/2020
https://samaritano.com.br/institucional/institucional-o-que-e-sepse - acessado em 16/09/2019
PP-PFE-BRA-2354