22/06/2021
A asma é uma doença crônica, sem cura, que causa inflamação nas vias aéreas, deixando-as inchadas e sensíveis ao entrar em contato com poeira, mofo, fumaça de cigarro, dentre outros. Um dos principais sintomas da doença, que atinge cerca de 20 milhões de brasileiros, é a dificuldade para respirar.
Em época de pandemia de coronavírus, questões são levantadas sobre a interação entre asma e covid-19, como, por exemplo, “pessoas com asma têm mais chances de ter complicações graves?”. Saiba a resposta a dúvidas como essa e o que fazer para manter o controle da asma:
A asma pode se manifestar em qualquer idade da vida, desde a infância e até em idosos que nunca tiveram nenhuma crise da doença. Não se sabe exatamente o que causa a asma, mas histórico familiar de alergias respiratórias e fatores ambientais podem contribuir para o desenvolvimento da doença, que pode causar:
Dificuldade para respirar;
Falta de ar;
Aperto no peito;
Tosse;
Chiado no peito.
Os sinais e sintomas começam ou pioram quando a pessoa com asma é exposta a elementos irritantes, que podem variar, tais como:
Poluição;
Fungos;
Ácaros;
Pólens;
Pelos de animais de estimação;
Cheiros fortes de perfume ou produtos químicos;
Ar frio e seco;
Infecções virais, como resfriado e gripe.
A intensidade das crises varia de pessoa para pessoa e de acordo com o controle da asma - que depende do conhecimento da doença, acompanhamento médico e adesão ao tratamento. Em casos graves, a asma pode causar dificuldade em fazer as tarefas do dia a dia, falta de ar a ponto de precisar de ventilação e até a morte. Cerca de 350 mil internações no SUS por ano acontecem devido à complicações da asma.
No início da pandemia de coronavírus, em 2020, o grupo de pacientes com asma foi incluso na lista de pessoas com comorbidades. Acreditava-se que, por a asma provocar um quadro de inflamação no corpo e ser crônica, ela poderia deixar os pacientes asmáticos mais suscetíveis às formas graves da covid-19.
No entanto, estudos em várias partes do mundo, incluindo o Brasil , descobriram que a maioria dos pacientes com asma não teve um quadro pior na evolução da Covid-19 em comparação aos pacientes sem asma. Os índices de mortalidade também foram semelhantes. Mas é importante se atentar a três fatos:
Os estudos se referem a pessoas com forma leve a moderada da asma, com a doença sob controle;
Embora algumas doenças aumentem as chances de complicações, a Covid-19 também se manifesta de forma grave em pessoas sem quaisquer comorbidades.
Pessoas com a forma grave da asma, crises recorrentes e/ou que não fazem o tratamento adequado estão mais sujeitas a complicações da Covid-19;
A asma está na lista de comorbidades previstas pelo Ministério da Saúde como prioritárias para a vacinação contra a Covid-19. Aderir à imunização é a maneira mais segura de prevenção do coronavírus.
Então, mesmo pacientes com asma leve, que não têm sinais e sintomas frequentes, devem seguir o calendário de vacinação corretamente. Isso porque, para que a imunização seja efetiva para conter uma pandemia, a maior parte da população precisa estar vacinada. Quando alguém desiste de se vacinar dentro calendário previsto pelo município ou estado, acaba contribuindo para o atraso da imunização coletiva, além de ter mais chances de se infectar.
Atenção! Mesmo após se vacinar, até que a maior parte da população esteja imunizada e a covid-19 sob controle, é necessário manter todos os cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – distanciamento social, higiene das mãos com álcool 70% ou água e sabão e uso correto de máscaras ao sair de casa.
O controle da asma depende de duas frentes:
Adotar hábitos dentro e fora de casa para evitar o desencadeamento de crises;
Seguir o acompanhamento médico, que pode incluir medicamentos.
Hábitos de vida fora de casa para ajudar no controle da asma
Evitar a exposição a lugares com muita poeira, fumaça e poluição;
Não fumar e evitar ficar perto de pessoas que fumam;
Manter-se agasalhado, especialmente em época de frio;
Evitar a exposição a ambientes com cheiro forte;
Praticar exercícios físicos regularmente, sob orientação médica.
Hábitos dentro de casa para ajudar no controle da asma
Não permitir que fumem em espaços fechados;
Deixar animais domésticos do lado de fora, se forem agentes irritantes;
Evitar juntar pó e sujeira;
Forrar colchões e travesseiros com material impermeável;
Evitar bichinhos de pelúcia, almofadas, tapetes pois costumam fixar ácaros, que provocam alergias;
Evitar o uso de carpetes.
Devem ser usados somente sob prescrição médica. Os mais comuns são os medicamentos anti-inflamatórios inaladores, as famosas “bombinhas”, de uso contínuo, que servem para ajudar a controlar as crises asmáticas, além de medicamentos para dilatar os brônquios, que ajudam a aliviar os sintomas mais fortes.
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/asma – acessado em 15/06/2022
https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/ - acessado em 15/06/2022
https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2021/04/21_04_26-GINA-COVID-19-and-asthma.pdf - acessado em 15/06/2022
https://sbpt.org.br/portal/wp-content/uploads/2021/02/Asma-COVID-19-AMB-SBPT-ASBAI.pdf - acessado em 15/06/2022
https://www.sbmfc.org.br/noticias/controle-da-asma/ - acessado em 15/06/2022
PP-UNP-BRA-0349