A partir da década de 1980, os medicamentos biológicos vêm conquistando uma importância cada vez maior na área de saúde em todo o mundo. Entre eles estão produtos inovadores para o tratamento de doenças crônicas, como câncer, diabetes, artrite reumatoide e esclerose múltipla, além de condições agudas, como infarto do miocárdio e derrame cerebral. Além disso, são uma promessa para tratar enfermidades complexas e ainda sem cura.
Essa classe de medicamentos se diferencia de muitas formas dos medicamentos sintéticos, por exemplo:
Medicamentos sintéticos - são produzidos por meio da manipulação química de substâncias em laboratório, enquanto os biológicos são produzidos a partir de células vivas, como plantas e micro-organismos. Por isso, o processo de produção dos medicamentos biológicos é muito mais complexo.
Medicamentos biológicos – a maior parte é produzida por meio de uma tecnologia chamada DNA recombinante, que modifica geneticamente uma célula para produzir uma proteína escolhida. Em 1982, as pessoas tiveram acesso ao primeiro produto farmacêutico desenvolvido por meio desta tecnologia: a insulina humana produzida em cultura de uma bactéria geneticamente modificada.
Insulina – pacientes de diabetes não produzem insulina suficiente ou não conseguem usá-la adequadamente, por isso precisam de injeções desse hormônio.
Hormônio do crescimento – a deficiência leva ao nanismo e outras formas de baixa estatura. O medicamento é produzido a partir da cultura de uma bactéria geneticamente modificada.
Citocinas - são moléculas envolvidas na emissão de sinais para o desencadeamento de respostas imunológicas. Algumas substâncias desta classe têm aplicações terapêuticas importantes e, por isso, são produzidas como medicamentos.
Heparinas - têm atividade anticoagulante e são usadas na prevenção de tromboembolismo venoso ou arterial, tratamento de embolia pulmonar, certas formas de angina e infarto agudo do miocárdio.
Trombolíticos - capazes de dissolver coágulos já formados. Por isso, são úteis no tratamento da fase aguda do infarto do miocárdio e derrames.
Fator anti-hemofílico – contribui com a coagulação sanguínea e é usado para tratar a hemofilia.
Anticorpos monoclonais – são anticorpos direcionados a um alvo específico. Têm grande aplicação no tratamento de tumores e doenças autoimunes.
https://www.ema.europa.eu/en/human-regulatory/overview/biosimilar-medicines-overview - acessado em 26/06/2019
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/setorregulado/regularizacao/medicamentos/produtos-biologicos - acessado em 26/06/2019
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