O câncer de pele não melanoma corresponde a cerca de 30% dos casos de câncer no Brasil. A doença normalmente é causada pela exposição excessiva ao Sol. Os tumores de pele geralmente são percebidos com mais facilidade e, quando diagnosticados precocemente, têm mais chances de cura. Leia mais para saber os tipos, sintomas, como se prevenir e tratamentos do câncer de pele.
Para o câncer de pele melanoma, de acordo com dados de 2022 do Instituto Nacional de Câncer, a estimativa é de 8.980 novos casos ao ano, sendo 4.640 em homens e 4.340 em mulheres. Em relação à mortalidade, em 2021 foram 1.832 óbitos, sendo 1.057 homens e 775 mulheres.
Já o câncer de pele não-melanoma tem cerca de 220.490 novos casos ao ano, sendo 101.920 homens e 118.570 mulheres. Em 2021, houve 2.982 mortes pela doença, sendo 1.693 homens e 1.289 mulheres.
O câncer de pele é uma doença que tem origem nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina. A melanina, por sua vez, é uma proteína que tem a função de dar a pigmentação à pele e também protegê-la contra a radiação solar. O câncer de pele pode atingir qualquer parte do corpo, incluindo mucosas, e ter origem nas camadas mais superficiais ou profundas da epiderme.
1. Câncer de pele não-melanoma
É o mais frequente de todos os tipos de câncer na população brasileira. É mais incidente em pessoas de pele clara, que são mais sensíveis aos raios solares. O índice de mortalidade desse tipo da doença é baixo e, se detectada em estágio inicial, apresenta altas chances de cura.
O câncer de pele não-melanoma possui dois principais tipos de tumores:
Carcinoma basocelular (CBC) – aparece geralmente em partes do corpo expostas ao Sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Mas, pode surgir em áreas não expostas, apesar de não ser comum. O tipo mais encontrado é o CBC nódulo-ulcerativo, que forma na pele uma elevação vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar facilmente.
Atenção: em alguns casos, manifestações do CBC podem ser parecidas com outras lesões, como eczema ou psoríase, que são problemas na pele.
Carcinoma espinocelular (CEC) - pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Nestas regiões, a pele pode ficar enrugada, mudar de cor e perder a elasticidade. Normalmente, tem coloração avermelhada e aparece como machucados ou feridas que não cicatrizam e sangram às vezes. O CEC pode ser parecido com verrugas.
Atenção: o CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres.
2. Melanoma
É o tipo de câncer de pele mais agressivo. No entanto, quando há o diagnóstico precoce, as chances de cura são de mais de 90%. Surge, normalmente, em áreas difíceis de serem vistas, embora seja mais comum nas pernas em mulheres, no tronco em homens, bem como no pescoço e rosto de ambos os sexos. Geralmente, o melanoma parece uma pinta ou um sinal escuro na pele. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, muda de cor, formato ou tamanho e pode sangrar.
É preciso ter cuidado com os fatores de risco do câncer de pele para prevenir o que for possível. São eles:
Pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros – pessoas com estas características estão mais sujeitas à doença;
Histórico familiar - casos de câncer de pele em parentes de primeiro grau aumentam o risco de desenvolver a doença.
Histórico familiar - casos de câncer de pele em parentes de primeiro grau aumentam o risco de desenvolver a doença.
Exposição solar crônica – expor-se ao sol sem protetor solar é um dos principais fatores de risco para o câncer de pele;
Queimaduras – resultado da exposição solar, principalmente na infância e juventude. Pode ser mais prejudicial do que exposição solar crônica para desenvolver câncer de pele;
Bronzeamento artificial – a prática antes dos 35 anos pode aumentar o risco de câncer de pele em até 75%.
Podem ser sinais indicativos de câncer de pele as seguintes manifestações:
Além dos sinais e sintomas acima, melanomas metastáticos podem provocar outras reações, como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça.
Atenção: Se tiver um ou mais dos sinais e sintomas listados, não significa necessariamente que você tenha câncer de pele. Converse com o médico para que ele faça o diagnóstico e indique o melhor tratamento para o seu caso.
Para prevenir o câncer de pele, evite a exposição solar excessiva e adote os seguintes hábitos:
Use protetor solar fator 30 (no mínimo) diariamente;
Evite a exposição solar, mesmo na sombra, entre 10 e 16 horas;
Na praia ou na piscina, usar barracas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta;
Evite bronzeamento artificial;
Observe regularmente a própria pele, veja se há pintas ou manchas suspeitas;
Fazer exames preventivos periodicamente, principalmente se tiver casos de câncer de pele na família.
Por meio do exame clínico, o médico dermatologista já pode suspeitar ou não de algum sinal indicativo de câncer de pele. Se houver suspeita, ele poderá fazer um exame não-invasivo chamado dermatoscopia, realizado através de um aparelho que emite um laser. Ao entrar em contato com a pele, é possível visualizar as células e avaliar achados microscópicos que podem indicar câncer. Em alguns casos, o médico também pode solicitar uma biópsia do tecido lesionado para avaliação em laboratório.
Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de cura. Veja quais são os tratamentos do câncer de pele:
Cirurgia excisional - o tumor é retirado junto com uma borda adicional de pele sadia como margem de segurança. Os tecidos removidos são examinados no microscópio para verificar se todas as células cancerosas foram removidas. O tratamento tem altos índices de cura e pode ser usado no caso de tumores frequentes.
Curetagem e eletrodissecção - é feita uma raspagem da lesão, enquanto um bisturi elétrico destrói as células cancerígenas. Para não deixar vestígios da doença, o procedimento é repetido algumas vezes. Geralmente, é indicado para tumores menores.
Criocirurgia - o tumor é destruído por meio do congelamento com nitrogênio líquido. Não há cortes ou sangramentos. A taxa de cura é menor do que a cirurgia excisional, mas é uma opção para casos de tumores pequenos ou frequentes.
Cirurgia a laser - remove as células tumorais com laser. Por não causar sangramentos, é uma opção para pessoas com problemas sanguíneos.
Cirurgia micrográfica de Mohs - o cirurgião retira o tumor e um fragmento de pele ao redor dele. O material é analisado no microscópio, o procedimento é repetido até não haver vestígios de células cancerígenas. É indicado para tumores mal delimitados ou em áreas críticas, como no rosto, onde cirurgias podem provocar grandes cicatrizes.
Terapia fotodinâmica (PDT) - é aplicado uma substância, como o ácido 5-aminolevulínico (5-ALA), na região do câncer. Depois de algumas horas, a área é exposta a uma luz intensa que ativa o 5-ALA e destrói as células tumorais, com mínimos danos aos tecidos saudáveis.
A radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e alguns medicamentos também são opções de tratamentos do câncer de pele. Apenas o médico pode indicar qual é o tratamento mais adequado para você. Nunca se automedique ou tente um método caseiro para retirar pintas ou sinais.
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http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cancer-da-pele/64/ - acessado em 26/06/2019
http://www.bp.org.br/centros-de-especialidades/oncologia/especialidades/oncologia-clinica/cancer-de-pele/ - acessado em 26/06/2019
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PP-UNP-BRA-1954