O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Assim como os outros tipos, ele é o resultante de uma disfunção celular que faz determinadas células do nosso corpo crescerem e se multiplicarem desordenadamente, formando um tumor. Continue a leitura e saiba mais sobre a doença.
Nos casos de câncer de mama, as células mais afetadas são as que revestem os ductos mamários ou se encontram nos lóbulos das glândulas mamárias. Os tumores são chamados de carcinomas ductais ou lobulares. Existem ainda outros tipos de câncer de mama como os linfomas e os sarcomas, que são mais raros.
Os carcinomas não infiltrativos ou in situ (localizados) são tumores primários que não atingem outras regiões do corpo. Já o tumor infiltrativo (invasivo) é capaz de produzir metástases, ou seja, invadir as células sadias que estão a sua volta e se espalhar pelo corpo.
Cerca de 95% dos casos de câncer de mama diagnosticados no início têm chance de cura. Para aumentar a possibilidade de um diagnóstico precoce do câncer de mama você deve:
Consultar ginecologista – a consulta deve ser feita uma vez por ano ao menos;
Fazer mamografia – a partir dos 50 anos, é recomendada a realização de mamografia de rastreamento uma vez a cada dois anos. Se houver histórico familiar, o médico pode indicar que comece a ser feita mais cedo e com mais frequência.
Já o autoexame, embora seja muito importante fazê-lo para detectar alterações nas mamas, não há evidências de que ajude efetivamente na detecção precoce da doença. O diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta as chances de cura e de um tratamento menos agressivo. Além de ser a melhor forma de evitar que a doença se espalhe.
Na fase inicial, o tumor geralmente não causa dor. Porém, à medida que cresce, pode causar algumas alterações que a mulher percebe. Veja quais são os sintomas do câncer de mama:
Aparecimento de um nódulo ou de um espessamento da mama, próximo a ela ou na região da axila;
Alteração no tamanho ou na forma da mama;
Alteração no aspecto da mama, auréola ou mamilo;
Saída de secreção pelo mamilo, sensibilidade mamilar ou inversão do mamilo para dentro da mama;
Enrugamento ou endurecimento da mama (a pele da mama adquire um aspecto de casca de laranja);
Sensações diferentes como calor, inchaço e rubor.
Ter um ou mais dos sintomas do câncer de mama não significa que você tenha a doença. Consulte sempre um médico de confiança, somente ele poderá dar o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para o seu caso.
Diante de um nódulo ou de uma área anormal detectada por uma mamografia de rotina, o médico precisa confirmar ou descartar o diagnóstico do câncer de mama. Para isto, ele realizará o exame físico e levantará toda a sua história familiar, médica e pessoal. Junto com a avaliação, o médico pode realizar ou solicitar alguns exames, como:
Mamografia - é realizada por meio de um aparelho de raios-X formado por duas placas de acrílico, que comprimem (achatam) levemente as mamas durante alguns segundos.
Ultrassom das mamas - por meio da utilização de ondas de alta frequência, o exame analisa se um nódulo é sólido ou se está preenchido com líquido. É um exame complementar a mamografia.
Ressonância magnética - digitaliza o tecido e gera imagens detalhadas das áreas do seio, podendo diagnosticar alguns tipos de câncer não detectáveis pela mamografia.
Biópsia - é o exame final parar dar um diagnóstico do câncer de mama. O médico remove parte do tecido da mama e busca por células cancerígenas.
Se o diagnóstico de câncer de mama for confirmado, o médico pode realizar ainda outros exames. O teste de receptores hormonais, por exemplo, identifica se o câncer é ou não sensível à terapia hormonal (uma das opções de tratamento). Uma análise de outras áreas do corpo também pode ser necessária para ter certeza de que o câncer não se espalhou.
O tratamento de câncer de mama depende do tipo de tumor e também do estágio de desenvolvimento da doença. Para cada tipo de câncer, haverá um tratamento específico e adequado que será definido por meio de exames anatomopatológicos, que avaliam macro e microscopicamente as células e tecidos da mama. Os tratamentos de câncer de mama podem ser:
Quimioterapia - utiliza medicamentos potentes no combate ao câncer com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. Pode ser feita antes ou depois de cirurgias para retirada do tumor.
Radioterapia - é o mais utilizado para tumores que não podem ser ressecados totalmente, ou para os que costumam retornar ao mesmo local após a cirurgia. Utiliza radiações que destroem ou inibem o crescimento de células cancerígenas.
Hormonioterapia - é indicado para casos em que o tumor tenha o crescimento ligado à atividade de determinados hormônios femininos, como o estrogênio. Neste caso, o objetivo do tratamento é suprimir o fornecimento de estrogênio às células tumorais, impedindo ou inibindo o crescimento e proliferação delas.
Terapia alvo - é feita com o uso de medicamentos que atacam partes das células cancerígenas, como proteínas específicas, que permitem o crescimento delas de forma anormal.
As cirurgias de câncer de mama são feitas para retirar do tumor e podem ser classificadas em dois tipos:
Quadrantectomia (conservadora) - é retirada apenas uma parte da mama;
Mastectomia (radical) - a mama é retirada por completo.
A cirurgia adequada varia de acordo com o tipo e estágio do câncer. Hoje em dia, é cada vez mais frequente a reconstrução mamária imediatamente após a retirada do tumor. Porém, as mulheres que não fizeram a reconstrução no momento da cirurgia, podem realizá-la mais tarde.
Existem novidades nas cirurgias de câncer de mama, que são:
Biópsia do linfonodo sentinela – o linfonodo sentinela é o primeiro a receber a linfa (líquido que circula pelo corpo) do tumor na mama. Através da biópsia, é possível identificar se há possibilidade de o câncer sofrer metástase.
Cirurgia radioguiada – permite que o cirurgião localize lesões não palpáveis, guiada por imagens dos tecidos cancerígenos marcados por um material que emite radiação. Possui maior eficácia com menor retirada do tecido mamário.
Caso você receba o diagnóstico de câncer de mama, é muito importante tirar todas as dúvidas com o médico. Veja algumas perguntas sobre o câncer de mama que você pode fazer:
Qual é o tipo do meu câncer de mama? É localizado ou invasivo?
Qual é o tamanho do tumor?
Quantos linfonodos foram encontrados?
Qual é o estágio do meu câncer?
Quais as minhas opções de tratamento?
Qual é o melhor tratamento para o meu caso?
Quais são os potencias efeitos colaterais e o risco deste tratamento?
Como este tratamento me beneficiará?
Este tratamento pode afetar a minha vida diária, de que forma? Serei capaz de trabalhar, de me exercitar e realizar minhas atividades normais?
Qual é a previsão para o tratamento? Quantos meses, a princípio, vai durar o tratamento?
Posso fazer reconstrução mamária? Em que momento?
Como será o nosso acompanhamento? De quanto em quanto tempo nos encontraremos?
Para quem eu posso ligar quando tiver dúvidas ou problemas?
Em quais situações devo ligar?
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https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama - acessado em 26/06/2019
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