Bebês menores do que o normal, segundo o número de semanas de gravidez (idade gestacional), são chamados de pequenos para idade gestacional (PIG). Isso pode ocorrer com crianças nascidas antes de 37 semanas de gravidez (prematuros), entre 37 e 41 semanas (a termo) ou depois de 42 semanas (pós-termo). Os critérios para definir se o bebê é pequeno para idade gestacional dividem opiniões entre os médicos.
Alguns consideram percentil (escala utilizada para calcular o peso do bebê) abaixo de 10, enquanto outros levam em conta peso e/ou comprimento inferior a dois desvios padrão (DP) da média populacional. Em determinados casos, o problema pode trazer sérias consequências para a vida da criança. Saiba o que pode causar essa alteração e como são feitos o diagnóstico e o tratamento.
Alguns bebês são pequenos porque seus pais são pequenos. No entanto, muitos casos de PIG ocorrem devido a problemas relacionados ao crescimento do bebê durante a gravidez. Cerca de 30% dos fetos têm restrição de crescimento uterino (RCIU), ou seja, não recebe os nutrientes e o oxigênio necessários para desenvolvimento completo dos órgãos e tecidos.
A restrição de crescimento intrauterino pode ocorrer em qualquer fase da gravidez. É causada por alterações nos cromossomos, doenças da mãe, problemas na placenta ou no útero. Veja os principais fatores de risco para RCIU que origina a pequena idade gestacional:
Pressão alta;
Doença renal crônica;
Diabetes avançada;
Doença cardíaca ou respiratória;
Desnutrição;
Anemia;
Infecção;
Uso de álcool e/ ou drogas;
Tabagismo.
Redução do fluxo de sangue no útero e na placenta;
A placenta se desprende do útero (descolamento da placenta);
A placenta se adere à parte inferior do útero (placenta prévia);
Infecção nos tecidos ao redor do feto.
Gestação múltipla (gêmeos ou mais);
Infecção;
Problemas que surgem durante a gravidez (congênitos);
Anormalidade cromossômica.
Bebês pequenos para idade gestacional podem ter as seguintes características:
Magreza;
Palidez;
Pele solta e seca;
Cordão umbilical fino e opaco.
Além disso, podem ter outros problemas no nascimento, como:
Níveis de oxigênio reduzidos;
Baixas pontuações de Apgar (avaliação que ajuda a identificar dificuldade de adaptação do bebê depois do parto);
Inalação das primeiras fezes excretadas no útero (aspiração de mecônio), que podem causar dificuldade para respirar;
Baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia);
Dificuldade em manter a temperatura corporal normal;
Muitos glóbulos vermelhos.
Se o bebê apresentar um ou mais destes sinais e sintomas não significa, necessariamente, que seja pequeno para idade gestacional. Procure o médico para investigar a causa e indicar o tratamento mais adequado ao caso.
Bebês pequenos para idade gestacional costumam ser diagnosticados com restrição de crescimento intrauterino antes do nascimento, pois durante o pré-natal é possível calcular a estimativa do tamanho da criança. Veja o que pode auxiliar no diagnóstico:
Tamanho do útero – a altura do fundo e a parte superior do útero, pode ser medida a partir do osso púbico. Essa medida em centímetros geralmente equivale ao número de semanas de gravidez após a 20ª semana. Se a medida for baixa para o número de semanas, o bebê pode ser menor do que o esperado.
Ultrassonografia – exame mais preciso para estimar o tamanho do feto. A cabeça e o abdômen podem ser medidos e comparados com um gráfico de crescimento para estimar o peso. A circunferência abdominal também é importante para determinar se o bebê está bem nutrido.
Fluxo Doppler – o exame mede o fluxo sanguíneo do bebê durante a gravidez. O som do sangue em movimento produz formas que refletem a velocidade e a quantidade do sangue de acordo com o movimento no vaso sanguíneo.
Ganho de peso da mãe – pode refletir como o bebê está crescendo durante a gravidez. Pequenos ganhos de peso podem corresponder a um bebê pequeno.
Avaliação gestacional – permite verificar o peso do bebê, ao nascer, em comparação à idade gestacional.
O tratamento da restrição de crescimento uterino depende das condições do feto. As mães devem ser monitoradas para que o parto ocorra no momento mais propício e da melhor forma possível. Ao nascer, o bebê pode precisar de:
Camas ou incubadoras com temperatura controlada;
Alimentação por sonda;
Oxigênio e ventilação para respirar;
Exames de sangue para verificar se há baixo nível de açúcar.
É importante acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças com crescimento restrito, pois têm mais risco de hipertensão arterial, colesterol alto, doenças cardíacas e diabetes na vida adulta.
A maioria dos bebês com PIG consegue recuperar o crescimento nos dois primeiros anos de vida. No entanto, 10% a 15% persistem com baixa estatura. Nestes casos, pode ser necessária a terapia com hormônio do crescimento (GH). A dose e duração do tratamento devem ser indicadas por um médico endocrinologista, de acordo com os exames e resposta da criança.
Somente o médico pode diagnosticar a doença e indicar o melhor tratamento para cada caso.
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