A meningite meningocócica, também chamada de doença meningocócica, é uma das formas mais graves da meningite bacteriana e pode levar à morte em menos de 24 horas. Em 2018, o Brasil registrou 1.072 casos da doença e 218 mortes. Veja como diferenciar a meningite meningocócica dos outros tipos e se prevenir.
A meningite é uma inflamação nas meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus e bactérias ou, de forma menos comum, por fungos, parasitas, medicamentos e tumores. A meningite meningocócica é uma infecção pela bactéria Neisseria meningitidis e pode atingir pessoas de qualquer faixa etária.
A transmissão da doença meningocócica é feita por gotículas ou secreções do nariz e gargantas de pessoas contaminadas pela bactéria, ou seja, são necessários contato e convívio no mesmo ambiente. Algumas pessoas podem apresentar e transmitir a bactéria sem estar doentes.
Um dos grandes perigos no diagnóstico da meningite meningocócica é que seus sintomas e sinais iniciais podem ser confundidos com uma gripe muito forte ou dengue e, no momento do diagnóstico, a doença já está avançada.
A pessoa infectada apresenta os seguintes sintomas e sinais:
febre;
rigidez na nuca;
dor de cabeça;
mal-estar;
náusea e vômito;
confusão mental;
sensibilidade à luz;
dores intensas ou dores nos músculos, articulações, peito ou barriga;
manchas vermelhas na pele, parecidas com picadas;
respiração rápida;
calafrios.
A doença atinge o estágio grave, muitas vezes letal, entre 24 e 48 horas. Portanto, vá ao hospital assim que notar qualquer sintoma ou sinal.
A suspeita inicial é levantada pelo histórico e estado clínico da pessoa. A partir disso, o médico vai pedir a coleta de amostras de sangue e do liquor, um líquido presente na medula espinhal, para confirmar se há a doença e qual o tipo. A identificação é importante para o médico saber como deve tratar a infecção.
Por ter evolução rápida, a meningite meningocócica é imprevisível. Isso porque a proliferação das bactérias acontece rapidamente e, quando atinge o sangue, o corpo gera uma inflamação muito forte e tem uma queda brusca de pressão, entrando em choque.
Quanto mais cedo o tratamento no hospital for realizado, maior será a chance de cura. Porém, de 11% a 19% dos sobreviventes ficam com sequelas, que podem incluir perda de audição, amputação de membros, alterações neurológicas e cicatrizes na pele.
Redes privadas - As vacinas estão disponíveis para os tipos A, B, C, W e Y da meningite meningocócica.
Rede pública – A vacina disponível é a meningococo C conjugada.
Como é administrada – Em duas doses, sendo a primeira aos 3 meses e a segunda aos 5 meses, mais uma dose de reforço aos 12 meses.
Outros grupos que têm direito à vacinação na rede pública - Adolescentes, pessoas que não têm mais o baço, quem têm anemia falciforme, talassemia ou hepatite crônica e portadores de HIV/aids, entre outros.
A meningite meningocócica é um dos tipos de meningite causados por bactérias. Mas enquanto é altamente letal, as demais têm letalidade média. Já os tipos de meningite causados por vírus, fungos e parasitas têm baixa letalidade.
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https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/meningite/causas. Acesso em: 01 mai 2019.
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/doencas_e_agravos/meningite/index.php?p=6275. Acesso em: 01 mai 2019.
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/publicacoes/Folheto_Meningite_Fasciculo3_111115.pdf. Acesso em: 01 mai 2019.
https://familia.sbim.org.br/doencas/meningite-meningococica. Acesso em: 01 mai 2019.
PP-PNA-BRA-0696