A amiloidose é um grupo de doenças raras, causadas pelo depósito de proteínas insolúveis no corpo. Ao contrário das proteínas normais do nosso corpo, que são capazes de se degradarem, essas proteínas insolúveis se depositam nos órgãos e tecidos, causando danos. Elas formam os chamados “depósitos amiloides”, que geram uma fibra nos tecidos, incapaz de ser eliminada pelo organismo.
Os sintomas e os órgãos afetados dependem dos diferentes tipos de amiloidose, que se classificam de acordo com a proteína afetada. Existem pelo menos 23 proteínas diferentes relacionadas à doença, mas os principais tipos são:
Amiloidose primária - o distúrbio se inicia na medula óssea e afeta os rins, coração, fígado, trato gastrointestinal e nervos;
Amiloidose secundária - ela surge de inflamações e infecções crônicas, como reumatismo, doença inflamatória intestinal, tuberculose, osteomielite, lúpus e síndrome de febre hereditária, e pode atingir os rins, fígado, intestino e baço;
Amiloidose hereditária - pode ser herdada e atinge principalmente o sistema nervoso e o coração. Os sintomas costumam ocorrer da meia idade à velhice;
Amiloidose relacionada à idade - é adquirida na velhice, devido ao dobramento irregular das proteínas e causa problemas cardíacos;
Amiloidose ALECT2 - é derivada de proteínas dos glóbulos brancos e atinge os rins e fígado;
Amiloidose relacionada à diálise - é frequente em pacientes que sofrem de insuficiência renal e fizeram diálise por muito tempo. Uma das proteínas se acumula no sangue pois não consegue atravessar o filtro da diálise e, como resultado, atinge as articulações e tendões, causando dor e rigidez.
Amiloidose localizada - acontece em tecidos isolados, sem indícios de doença. Atinge principalmente a bexiga e vias respiratórias.
Idade - atinge principalmente pessoas acima de 50 anos;
Fator hereditário - outras pessoas da mesma família com a doença;
Mieloma múltiplo - de 10% a 15% das pessoas que já tiveram a doença também desenvolvem amiloidose;
Diálise renal - feita por tempo prolongado;
Inflamações crônicas - como a artrite e a doença de Crohn;
Em geral, o diagnóstico da doença é difícil, pois os sinais e sintomas são vagos e levantam suspeitas de diversos problemas de saúde. Mas os principais sinais são:
Perda de peso;
Fadiga;
Falta de ar;
Inchaço nas pernas e tornozelos;
Tontura ao ficar de pé;
Urina espumosa;
Formigamento nas mãos e pés;
Constipação e diarreia, alternadamente;
Aumento da língua;
Fácil formação de hematomas, principalmente ao redor dos olhos.
Ao descartar outras doenças, a suspeita da amiloidose pode ser confirmada por meio de uma biópsia de células de gordura abdominal.
Os tratamentos disponíveis dependem dos tipos de amiloidose e dos órgãos afetados, além do quadro clínico, idade e preferência do doente. Em geral, é um processo dividido em duas partes:
Controlar os sintomas, promover qualidade de vida e tempo de sobrevivência;
Interromper a produção da proteína que gera a doença, para melhorar o funcionamento do órgão.
Importante - se não tratada a tempo, a amiloidose pode levar à insuficiência nos órgãos atingidos e até à morte. Ao perceber qualquer sintoma, consulte seu médico.
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http://amyloidosissupport.org/AmyloidAware_Portuguese.pdf - acessado em 29/06/2020
https://www.portal.cardiol.br/post/diagn%C3%B3stico-precoce-e-tratamento-adequado-s%C3%A3o-fundamentais-para-pacientes-com-amiloidose-card%C3%Adaca - acessado em 29/06/2020
http://abpar.org.br/tipo-de-amiloidoses-1.html - 29/06/2020
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