A fibrilação atrial é um tipo de arritmia cardíaca com características muito específicas que atinge 2 a 4% da população mundial, sendo mais comum quanto maior for a idade da pessoa. O coração que sofre de fibrilação atrial tem seus batimentos acelerados e que passam a bater em ritmo irregular. Isso porque a doença atinge os átrios, cavidades superiores do coração, e faz com que eles se contraiam sem compasso. Além disso, uma diminuição do fluxo de sangue pode acontecer em algumas partes dos átrios, levando à formação de coágulos de sangue. Esses coágulos podem se desprender e, através da corrente sanguínea, obstruir pequenos vasos sanguíneos à distância. Se acontecer em alguma artéria do cérebro, tem-se um quadro de acidente vascular cerebral (AVC ou derrame).
Quando o coração se encontra em seu estado normal, sem danos, ele recebe estímulos elétricos regulares, que geram os batimentos cardíacos. Em casos de fibrilação atrial, esses estímulos são desregulados e, assim, há alterações no ritmo cardíaco - a arritmia acelerada que caracteriza a doença. Isso pode ocasionar palpitações, cansaço ou mal-estar.
Cada pessoa responde de forma diferente à fibrilação atrial. Os pacientes podem não apresentar sinais e sintomas claros no início e, por isso, não buscam tratamento - o que causa uma piora progressiva da função cardíaca e pode até resultar, pela falta de medidas preventivas, em um acidente vascular cerebral (AVC).
Esse tipo de arritmia cardíaca é mais comum em idosos, afetando especialmente pessoas acima de 65 anos de idade. Além disso, outros fatores de risco podem estar ligados ao surgimento de fibrilação atrial:
Hipertensão arterial;
Doença coronariana;
Hipertireoidismo;
Doenças das válvulas do coração;
Diabetes;
Consumo excessivo de álcool.
A fibrilação atrial pode se manifestar de duas formas:
Doença silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas evidentes que afetam a rotina de um paciente.
Sintomas aparentes - quando um pouco mais avançada, a doença costuma causar:
Cansaço e fraqueza;
Palpitações que podem durar de segundos até horas ou dias;
Desconforto na região do tórax;
Falta de ar;
Tontura;
Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Para confirmar um diagnóstico de fibrilação atrial, o médico realiza:
Exame físico do paciente;
Eletrocardiograma (ECG).
De início, se assintomática, a fibrilação atrial pode ser difícil de diagnosticar. Por isso, é importante visitar um médico regularmente.
O tratamento para a fibrilação atrial é realizado de acordo com a condição do coração do paciente e pode ser clínico ou invasivo. Os mais comuns são:
Estabilização da palpitação com uso de medicamentos via oral, pela veia ou por cardioversão elétrica - uma espécie de choque no tórax usada para normalizar o ritmo do coração;
Ablação por radiofrequência, um procedimento em que o médico passa um cateter pelos vasos sanguíneos até o coração e queima o local responsável pela arritmia.
Anticoagulação para prevenir a ocorrência de AVC.
https://www.sobrac.org/campanha/fibrilacao-atrial-causa-avcderrame/ - acessado em 29/09/2020
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