O transplante de rim é uma opção para tratar pacientes com doença renal crônica em estágio já avançado. Ele é considerado a alternativa mais completa e efetiva para que essas pessoas recuperem sua qualidade de vida, já que recebem um rim saudável. Assim, o novo órgão exerce suas funções, como filtrar as toxinas do sangue.
Por ser silenciosa, ou seja, não apresentar sintomas logo no início de sua manifestação, a doença renal crônica geralmente é descoberta quando já está em fase avançada, com grande comprometimento do órgão e pouco tempo para programar um tratamento adequado que evite cirurgia. Dessa forma, a maior parte dos pacientes que se encaixam nesse quadro iniciam a hemodiálise para, então, entrar na lista de transplante.
A indicação do transplante de rim é individualizada, de acordo com um conjunto de fatores, mas deve ser feita apenas quando:
O paciente sofre de doença renal crônica com insuficiência do órgão;
Está em diálise ou fase pré-dialítica;
O quadro é comprovadamente irreversível.
Informações como a causa da doença renal crônica e outras condições de saúde que o paciente apresenta também podem influenciar a indicação da cirurgia de transplante como tratamento a um indivíduo.
O transplante de rim apenas é indicado para um paciente após uma análise física e emocional ser realizada por profissionais da saúde, considerando exames como o de sangue, de urina e de imagem.
De acordo com o quadro de saúde geral do paciente, o transplante de rim pode não ser encorajado, pois condições do organismo ou do comportamento do indivíduo irão comprometer os resultados da cirurgia. Veja em quais casos o procedimento é contraindicado:
Portadores de doenças hepáticas, cardiovasculares e infecções que não estão controladas e não recebem acompanhamento médico;
Pacientes desnutridos;
Pessoas com distúrbios psiquiátricos ou emocionalmente desestabilizados;
Pessoas que fazem uso abusivo de álcool, fumo ou outras drogas.
Apesar de ser o segundo país com maior número anual de transplantes renais no mundo - com cerca de seis mil transplantes ao ano -, o Brasil ainda se encontra na 25ª posição no ranking mundial de quantidade de doadores de rim. Cerca de dez mil novos pacientes entram na lista de espera por uma doação a cada ano e 130 mil realizam diálise no país.
Receber o órgão permite uma rotina mais tranquila e menos limitada que a diálise, mas ainda é necessário acompanhamento e uso correto dos medicamentos, quando indicados. De uma forma geral, pessoas que passam por um transplante de rim possuem uma expectativa de vida maior quando comparadas a pacientes em diálise. A maior parte das pessoas passa mais de dez anos com os rins transplantados funcionando bem. Alguns fatores influenciam no tempo de funcionamento do rim recebido, como:
Doador vivo – geralmente, o rim recebido de um doador em vida tem maior sobrevida.
Uso correto de medicamentos imunossupressores - são remédios que o paciente transplantado deverá usar para o resto da vida para evitar rejeição do órgão.
Transfusão de sangue - deve ser evitada ao máximo até o transplante, para diminuir o desenvolvimento de anticorpos contra os possíveis doadores.
https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/transplante-renal/ - Acessado em 29/08/2020
https://pebmed.com.br/transplante-renal-criterios-indicacoes-e-o-panorama-brasileiro/ - Acessado em 29/08/2020
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nefrologia-dialise/Paginas/transplante-renal.aspx - Acessado em 13/09/2021
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