Depressão na adolescência
Mais de 300 milhões de pessoas são afetadas pela depressão no mundo e, no Brasil, são cerca de 16,3 milhões (o país registrou um aumento de 34% nos casos, de 2013 para 2019, de acordo com dados do IBGE). Esse distúrbio deve ser encarado seriamente em todas as etapas, pois pode interferir diretamente no dia a dia, nas relações sociais e no bem-estar geral. Continue a leitura e entenda como reconhecer os sinais e sintomas da depressão em jovens.
A adolescência é um período difícil, turbulento, com variações do humor e crises emocionais. Os jovens passam por várias situações novas e pressões sociais quando se aproximam da idade adulta e, para alguns, este período de transição é muito difícil.
Não existe uma única causa para a depressão. O distúrbio normalmente se dá com a combinação de diversos fatores internos e externos, como a dificuldade em lidar com situações desafiadoras e até a desregulação dos hormônios que controlam as emoções.
Os sintomas da depressão em jovens geralmente são semelhantes aos dos adultos deprimidos, veja quais são:
Falta de entusiasmo, energia ou motivação;
Afastamento ou isolamento de atividades sociais;
Confusão ou dificuldade em tomar decisões;
Baixo rendimento escolar;
Problemas alimentares;
Insônia e distúrbios de sono;
Baixa autoestima ou sensação de culpa;
Abuso de álcool e/ou drogas;
Ansiedade ou medos;
Inquietação ou irritabilidade.
Em geral, a depressão afeta o humor, o pensamento, a disposição e/ ou o comportamento de uma pessoa, mas normalmente há uma combinação de vários sintomas. Uma pessoa jovem deprimida pode mostrar-se triste, melancólica ou preocupada. A pessoa geralmente perde o interesse ou o prazer por atividades, coisas ou pessoas que anteriormente gostava e se afasta de relações sociais.
Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio, que já é a segunda principal causa de morte em jovens entre 15 e 29 anos. Fique atento aos sinais que indicam o risco de suicídio em jovens com depressão:
Felizmente, a depressão em jovens responde bem a vários programas de tratamento. Pais, professores e outras pessoas devem aprender a reconhecer a depressão e agir no momento em que a ajuda se faz necessária. O primeiro passo é procurar a experiência de um profissional capacitado, como um psiquiatra.
Juntamente com o adolescente, os familiares e o médico podem chegar a uma decisão sobre o tratamento mais adequado para o jovem. Apenas um médico pode indicar o início do tratamento com medicamentos, como os antidepressivos. Nunca se automedique.
Se você suspeitar que um adolescente está sofrendo de depressão, é possível ajudá-lo. No entanto, na maioria das vezes, os jovens não reconhecem que estão deprimidos. Eles podem relutar em assumir sentimentos de tristeza ou desesperança. Para alguém que deseja ajudar, é preciso carinho e intuição, bem como saber escutar.
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